Descrição
Esta obra apresenta o processo de julgamento de uma pessoa indígena da etnia A’uwẽ-Xavante, desde a comunicação do fato-crime, até o seu julgamento pelo Tribunal do Júri de Barra do Garças-MT, em agosto de 2018. A problemática da pesquisa é norteada pela construção da verdade jurídica que levou à condenação do réu indígena que foi julgado segundo a “lei do branco” e numa linguagem diferente da sua. Essa posição expõe uma desigualdade de partida no Júri e, possibilita a reflexão sobre a relação do Estado brasileiro com os povos indígenas e a abertura para outras formas de resolução de conflitos, formas que considerem a diversidade étnica e cultural da população ameríndia envolvida.