Descrição
Versos de enamoramento e seus antônimos
“Se Ivens já era um mestre em revelar as sutilezas poéticas de sua cidade e a natureza e cultura cuiabanas […], agora ele se expande trazendo situações urbanas modernas, justamente para falar do mais fundamental dos sentimentos (como diz a velha-nova bossa nova). Nem por isso se descuida do sabor e da linguagem apurada que a mirada cuiabana confere aos fatos e pessoas. O poeta está todo ali em seus poemas, em suas queixas, em suas narrativas vividas ou ouvidas. E a magia da poesia se faz encantando gregos e cuiabanos; cariocas e troianos. Em “Serenata” encontrei sombras cuiabanas de Lorca; em “Nove entre dez vezes” os ecos da publicidade são retrabalhados pela sensibilidade; em “Barzinho” uma cena emblemática do amor brasileiro. No poema “Em trânsito” quase consigo acenar para um Drummond que parou seu automóvel enquanto seguimos na carona de Ivens. […]” (Aclyse de Mattos)