Descrição
Da condição de criança: inscrição da criança na língua, visibilidade da criança, criança observável, manifestação da criança na psicanálise, criança analisável. Constituição subjetiva: da precedência simbólica ao sujeito, fissura real incide no simbólico, imaginário recobre a hiância real no simbólico, demarcação simbólica do imaginário, fissura real da equivalência criança falo, recobrimento imaginário da interdição real, laço da metáfora o simbólico incide no imaginário. Psicanálise de crianças: especificidade de criança, particularidades da clínica de crianças, da estrutura na clínica.
A complexidade da clínica de crianças as situa, muitas vezes, na fronteira da capacidade operatória da psicanálise: a especificidade da transferência, fortemente atravessada pela incidência de demandas laterais, as dificuldades na sustentação da atenção flutuante que submetem o clínico à condição de deriva, a direção do tratamento facilmente considerada a partir do critério adaptativo da criança aos ideais se somam à pregnância imaginária implicada na leitura do funcionamento significante do jogo, que geralmente constrange o clínico a situar sua incidência por duas vias: a de sua tradução, onde a atribuição de sentidos responde pela interpretação ou a de sua transcrição, por meio da aplicação de códigos classificatórios que pretendem correspondência biunívoca entre o comportamento e a categorização previamente estabelecida.